quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um ensaio sobre Doce (LSD) by eu mesmo!



A dietilamida do acido lisergico (LSD) é a mais poderoso principio psicoativo conhecido: menos de 30 gramas são suficientes para produzir mais de trezentos mil doces. Devido a essa potencia, a dosagem de LSD é medida em microgramas, sendo que cada micrograma equivale a um milionésimo de grama. Cem microgramas são suficientes para produzir uma viagem, como o efeito é conhecido. Os Doces comumente chamados, costumam ter de 50 a 400 microgramas, produzindo efeitos por um período variável entre 6 e 12 horas. Overdoses de LSD ocorrem apenas com a ingestão de quantidades fantásticas, em torno de 7 milhões de microgramas. A história do doce(LSD) é relativamente recente. Ela começa em 1943, com o químico suíço Dr. Albert Hoffman, que trabalhava para os Laboratórios Sandoz pesquisando derivados do Claviceps purpúrea, também conhecido como ergot, um fungo que atacava o centeio. Os alcalóides desse fungo já haviam sido isolados alguns anos antes, mas pela primeira vez o Dr. Hoffman constatou sua presença em plantas mais elevadas, da família das Convolvuláceas. Essas plantas - a Rivea corymbosa e a Ipomoea violácea - eram empregadas há séculos na América Central pelos índios zapotecas. Acredita-se que os alcalóides sintetizados por Hoffman no fungo do centeio foram responsáveis pelos delírios que acompanhavam os sintomas da peste negra que grassou pela Europa, na Idade Média, quando populações inteiras eram intoxicadas ao comer pão feito com centeio contaminado pelo Claviceps purpúrea. Ao realizar experiências com o ácido dietilamida d-lisérgico, a vigésima quinta substância extraída numa série de testes com o fungo, o Dr. Hoffman absorveu, acidentalmente, uma quantidade mínima de droga, este por sua vez voltou pra casa viajando andando de bicicleta. Intrigado com os efeitos que experimentou, o cientista batizou a substância como LSD-25 e resolveu fazer novas pesquisas com ela, escrevendo mais tarde um relatório que chamou a atenção do mundo científico para a descoberta de uma droga que, segundo Hoffman, podia deflagrar um estado de realidade alterada. No começo da década de 60, o LSD-25 foi empregado experimentalmente em sessões de psicoterapia, principalmente nos Estados Unidos, onde seu uso era legal. Das clínicas e das universidades, a droga espalhou-se para o mundo, transformando-se, junto com a "beatlemania" e a revolução sexual.
O LSD-25 é classificado oficialmente como droga alucinogena, embora alguns especialistas sustentem que a substância não pode ser considerada dessa forma pois não provoca alucinaçoes. Assim considera-se que a substância seja uma droga psicomimética: ela induziria sintomas que simulam, ou mimetizam psicoses, como a esquizofrenia. Mas nada disso está demonstrado. O que se sabe com certeza é que o LSD permanece no cérebro durante um período de vinte minutos. A maior parte da droga vai para o fígado e os rins, sendo que o ácido lisérgico pode ser detectado na corrente sanguínea apenas por duas horas depois de ingerido. Relatórios norte-americanos afirmam que os efeitos do LSD são resultado da liberação ou da inibição de substâncias que jah existem no cérebro, as quais alteram o equilíbrio químico desse órgão. Quer dizer, não é a droga que causa alterações de consciencia - o LSD deflagra, isto sim, relações do próprio organismo. Os primeiros efeitos do LSD são físicos e começam cerca de uma hora depois da ingestão da mesma. Eles variam de uma vaga sensação de ansiedade à náusea, sendo acompanhados por aceleração de pulsação, pupilas dilatadas, elevação da temperatura, batimento cardíaco e pressão sanguínea. Em seguida, o usuário entra num estado de grande sugestionabilidade: impressões subconscientes afloram aos borbotões, enquanto a capacidade de receber e analisar de forma estrutural as informações do ambiente fica distorcida, podendo até desaparecer. A experiência, que varia muito de uma pessoa para outra, pode induzir a sinestesia, um estado de cruzamento dos sentidos, no qual o usuário "ve" a musica e "ouve" as cores. A percepçao espacial tambem é alterada e as cores tem sua intensidade realçada; imagens caleidoscópicas e tridimensionais flutuam no vazio. O sentido de tempo se desfaz, e passado, presente e futuro parecem não ser fronteiras.
Alguns pesquisadores afirmam ter documentado empregos terapêuticos do LSD, já que a substância induziria "auto-aperfeiçoamento, aumento do interesse por questões filosóficas, teológicas e cosmológicas, e iluminação espiritual. Respostas emocionais e padrões aprendidos de comportamento podem ser alterados pelo doce, resultando numa eventual mudança de estilo de vida. Empatia e comunicabilidade podem ser alteradas até chegar ao ponto da telepatia, embora todos esses efeitos possam ser resultados de características da personalidade de cada um. Muitas das grandes mudanças de estilo de vida atribuídas ao LSD podem ser explicadas sociologicamente em vez de quimicamente". Autores norte-americanos e do resto do mundo afirmam que a droga não gera dependencia fisica, mas provoca tolerância se diversas doses forem tomadas sucessivamente. A dependência psicológica também é rara, uma vez que a intensidade da experiência lisérgica desencoraja os usuários a consumirem novas doses num curto período de tempo. A tolerância diminui rapidamente à medida que a ingestão de LSD é reduzida, tendendo a desaparecer três dias depois da suspensão do consumo. Não existem sintomas documentados de síndrome de abstinência. Também devido à intensidade da "viagem" causada pelo LSD, o usuario pode ficar mais sujeito a acidentes, e este talvez seja o maior dos perigos provocados pelo doce.
O usuário de doce também está sujeito as chamadas bad trips, ou "viagens ruins", nas quais pode ser levado a estados emocionais depressivos, que podem evoluir para reações psicóticas e paranóia. Em casos extremos, esses estados podem prolongar-se por toda a viagem, que se transforma em verdadeiro pesadelo. Tais problemas são geralmente causados pela predisposição da pessoa.
Os efeitos a longo prazo do uso de doce não foram determinados. Entretanto, sugere-se que a chance de reações psicóticas sejam mínimas, desde que o doce seja ingerida com certas precauçoes. Administrada em experiencias cientificas com pessoas clinicamente classificadas como saudáveis, e devidamente alertadas sobre as alterações psicológicas que enfrentariam, a droga demonstrou não provocar maiores danos.
Talvez seja devido às informações de baixo teor preocupante, e paradoxalmente instigantes, o uso do doce vem sendo disseminado pelos amantes da música eletronica. No novo movimento hippie que enquadra o cenário Rave, que são as festas open air de luzes coloridas, sons ritmicos e repetitivos, e decorações fosforescentes em contato com a natureza; a sobrecarga sensorial absorvida e potencializada pelos efeitos do doce gera um estado de transcendência único, visto não como uma fuga e sim como uma busca por novas percepções e sensações, numa viagem que não pode ser descrita, apenas sentida!

5 comentários:

  1. Você não ouviu o samba que eu lhe trouxe.
    Há eu lhe trouxe rosas,há eu lhe trouxe um doce.
    As rosas vão muxando e o que era doce acabou-se!
    De:(Chico Burque)
    Para:Albert Hofmann...

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  2. O comentário do anônimo acima acima é muito melhor, inclusive por ser letra do Chico Buarque, mas não posso deixar de dizer que até a Xuxa já cantava: "Doce, doce, doce, a vida é um doce, vida e mel!" Foi isso que eu cantava euforicamente quando tomei o meu primeiro doce!

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  3. Agora tem um sertanejo ae...AGORA EU FIKEI DOCE DOCE DOCE DOCE DOCE (CAMARO AMARELO) hueheuheuh

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  4. QUERIA SABER A REAÇAÕ QUE FAZ O DOCE COM BEBEDA ALCOLICA

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  5. uma vez até hoje tomei 1 doce Alice inteiro logo na primeira vez, e mas nada so nessa brisa foi o dia mais louco de minha vida experiencias diferentes com o mundo eu vejo assim, uma das minhas alucinações visão 3D e desenhos saindo de paredes e árvores foi show fiquei 10 hrs tendo viagens e mais algumas horas acordado e dps fumei maconha para conseguir dormir

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