sábado, 22 de agosto de 2009

Eu me amo em voce!


Nasce mais um dia em minha vida
E você toca minha pele suavemente
Curando uma cicatriz então sofrida
Tanto no coração quanto na mente

Trazendo paz, então eu sei quem sou
Também sei quem você é para mim
Você é a serenidade de onde estou
O amor singelo, sublime e sem fim

Você sou eu, naquilo que importa
Assim sendo, eu sei o que eu quero
Aquela angustia não mais me corta
Porque é por você que eu espero

E em suas palavras irei acreditar
Mesmo sem onde, quando ou porquê
Pois já não tenho medo de amar
Por que eu me amo em você...


Nossa, aleluia! consegui terminar esse poema que fiquei enrolando por meses! Na verdade é porque eu esquecia da existencia dele mesmo.
Comecei a escreve-lo num momento de redençao! Quando o meu eu romantico e poeta, entrou num acordo temporario com o meu eu racional e sistematico para lidar com a faceta mais problematica da minha psique, o meu eu imaturo e impulsivo. Afinal quem nao possui um pouco da atitese dentro de si? No meu caso, eu sempre tive dificuldades de lidar com emoçoes, de controla-las, e o poeta dentro de mim, deliciava-se com toda essa balburdia sentimental. Mas o fato é que no meio de tudo isso, o mais racional das minhas personalidades não tinha voz para colocar ordem na casa, e isso me fazia entrar em diversas situaçoes das quais algumas tenho ate vergonha de comentar! Mas enfim... explicando melhor, até os ultimos relacionamentos que tive, eu me entregava quase que totalmente, e quando terminava parecia que uma parte de mim tambem ia embora. E é esse vazio no peito que mais nos machuca, aquela sensaçao de que voce amou tanto a outra pessoa, que fez tanto, que chegou a compartilhar até o seu coraçao, e no final parece que realmente a pessoa acabou levando uma parte dele junto. (imagina o que voce é capaz de fazer num desespero desses?)
Em uma das minhas sessoes de psicoterapia que eu tive, meu terapeuta uma vez comentou que a forma como eu amava estava errado, que eu buscava no relacionamento o que faltava em mim. E sendo assim eu me apoiava no que me completava, dai vem a sensaçao de vazio quando chegava ao fim, e é por isso que chegava ao fim. E realmente era isso, uma coisa tão obvia que eu só pude perceber nesses ultimos anos. Era preciso aceitar cada aspecto do meu ser, era preciso me amar por completo, incluido cada defeito e qualidade (digo amar a qualidade e nao sentir dela apenas vaidade) antes de amar alguem. E assim descobri essa forma nova forma de amar, por exemplo: quando terminou meu ultimo relacionamento, a pessoa se foi, mas eu continuei me amando, e o vazio já nao me torturou mais. E os sentimentos que tive enquanto estivemos juntos foram muito mais sublimes, pode-se dizer que foi até mais intenso que os anteriores, eu havia dito um "eu te amo!" muito mais verdadeiro, pois finalmente havia aprendido a me amar em outra pessoa.

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